Resenha crítica sobre o curta “A história das coisas”

maio 7, 2012 § Deixe um comentário

A história das coisas é um filme dinâmico e objetivo, que fala dentre outros assuntos, sobre o consumo exagerado de bens materiais, e o impacto agressivo que esse consumo desregrado acaba exercendo sobre o meio ambiente. O filme é apresentado por Annie Leonard, e mostra de uma maneira bastante clara todo o processo que vai desde a extração da matéria, confecção do produto, venda e ideologia publicitária, facilidade de compra e falsa idéia de necessidade, até o momento em que vai parar nos galpões de lixo ou incineradores. Fala também do mal que esses resíduos tóxicos presentes na confecção e/ou incineração do produto causam não só ao meio ambiente, mas também à saúde da população em geral. A confecção do produto depende de meteria prima, muitas vezes encontrada em abundância na natureza, porém utilizada de maneira irresponsável, altera não só as condições climáticas e ambientais como torna essa mesma matéria antes em abundância, muitas vezes, escassa. Esse consumo é estruturado em uma política que se baseia na reposição do produto, ao invés de estimular a duração. Logo os bens são feitos com tempo de uso curto e limitado, fazendo com que de pouco em pouco tempo seja necessária uma nova aquisição do mesmo produto, por uma versão mais “atual”. O filme é voltado para diversos públicos, embora fique claro se tratar das especificidades de um determinado país [no caso Estados Unidos da América, atualmente um dos países que mais retira matéria prima e que mais estimula o consumismo nacional e internacional]. Existe também no filme, uma clara preocupação em mostrar como funciona o mecanismo de publicidade e toda a ideologia de consumo existente por trás dessa “necessidade de ter”. Que hoje em dia, os bens são criados para satisfazer a estética, e a aceitação por parte da sociedade, assim, quem tem mais e quem tem o melhor, eleva-se na cadeia social, dessa maneira, o consumismo interfere também, nas relações inter-pessoais e no status das classes. Outro fator relevante é que esse consumo em massa e essa extração de riquezas naturais vêem interferindo numa gradativa crescente, em questões como clima (como um dos exemplos temos o aquecimento global), desocupação territorial por interferência no clima ou relevo, na saúde pública, pelo aumento de substâncias tóxicas presentes nos alimentos e produtos que utilizamos em nosso dia a dia, e principalmente, pelo acúmulo de lixo não reciclado ou não reciclável em aterros, que contaminam o solo e a água, ou em outro caso pior, como mostra o filme, o do lixo que é incinerado lançando seus resíduos tóxicos diretamente no ar, aumentando a poluição, proliferação de doenças e afetando os já citados fatores climáticos. Embora tida como utópica, a idéia para reverter um pouco esse quadro agravante de agressão ambiental, já vem sendo implementada por algumas grandes empresas, é a de reposição do que vier a ser extraído como matéria prima do meio ambiente, há também quem lute pelo desligamento dos incineradores e uma melhor estruturação do espaço reservado ao lixo, obviamente essas medidas aliadas a uma política de uso racional de matéria prima, de preservação ambiental e estimulo de reciclagem, gerariam resultados mais contundentes e abrangentes. Esses são alguns dos principais fatores que serão abordados durante o documentário em questão. A história das coisas, mostra com uma pitada de humor, os padrões de consumo impostos pela mídia e pelas grandes empresas, e certamente nos leva a questionar o que cada um pode fazer pra amenizar esse impacto. Vale a pena dar uma conferida!

By:  M. Oliveira

Lenore e Edgar Allan poe

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

Quem nunca se rendeu ao encanto macabro da poesia gótica de Edgar Allan Poe, com certeza sequer sabe de quem estou falando. O escritor americano, autor de livros polêmicos e controversos, quase sempre discorrentes sobre a morte e suas precedências e preferências, nos deixou verdadeiras obras primas apreciadas não apenas por aficionados ao gênero da poesia dark. Seus livros, crônicas e romances são ainda hoje, 161 anos após sua morte, tidos como atuais e lidos em vários países por todo tipo de apreciadores de uma boa escrita. Em seu legado Poe, nos deixou obras aclamadas como, dentre outras, The reaven, 1831 [em português,  O corvo, por onde foi baseada a historia do filme homônimo], The Black cat, 1843 [O gato preto] e Lenore, de onde foi tirada a inspiração do autor Roman Dirge para fazer a série de tiras em quadrinhos e a sequência de 26 curtas inspirados na personagem de Allan Poe, Lenore The little cute dead girl, que hoje circula pela internet sob várias traduções para o título, sendo uma delas, lenore a bonitinha menininha morta. Como já se pode supor, Lenore, conta a história de uma garota que mesmo depois de morta conta através de muito humor negro ‘sua vida’ e acontecimentos diários, que envolvem quase sempre decapitações de animais, sangue, lesões, e mortes. O que incita a curiosidade é que mesmo sendo uma série de imagens fortes e teoricamente desagradáveis, certamente impróprias para crianças, e embora esteja no estilo animação infantil, ainda assim os curtas demonstram claramente certa pureza e inocência na personagem, que na maioria das vezes, pensa estar fazendo algo de bom ou ajudando seus amigos ou animais que fazem parte da trama.

Roman Dirge, na minha opinião, soube transmitir perfeitamente a personalidade e a mente da personagem, em seus diálogos ingênuos, em suas brincadeiras nocivas, em sua força desmedida, Lenore conta suas histórias, que por mais bizarras [acho que esse é o termo que melhor define] que sejam, nos arrancam boas gargalhadas. Para quem gosta de humor negro de qualidade, recomendo essa série de curtas, que é um prato cheio, tendo sido inclusive uma das histórias e personagens precursoras do gênero do humor negro. Fica a dica então desses três livros, em principal de Edgar Allan Poe, e depois conferir o filme e suas curiosidades e a série de curtas e quadrinhos, feita por Dirge, em cima do último livro citado..

Deixo vocês com gostinho de quero mais mostrando esse episódio da série de curtas, que é particularmente um dos meus prefeidos. Um abraço a todos e confiram:

By: M. Oliveira

Poderiam ainda existir os Gentlemans né? #Ficaadica

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

A formação do homem gentil

A noção do homem gentil, se baseava na moral, e na estética. Fazia parte do indivíduo, ter liberdade e assim respeitar a liberdade do outro. Fazia parte do gentleman saber ter propriedade, ser seu dono [ser dono de si mesmo e de suas próprias vontades] e daquilo a que lhe pertence, possuir princípios, fazer parte de um costume consensual, fazer parte da estética, do que é belo, deixando de lado maus hábitos, negando o feio, o descortês. Um homem gentil deveria saber se portar na sociedade em público [fora de casa, em volta outras pessoas], deveria saber se portar em sua privacidade quando pública [como em sua casa, recebendo visitas], e em sua particularidade e privacidade.

Era inadmissível que um homem destratasse uma mulher, não importando a que classe social ela pertencesse, era intolerável que um homem tornasse suas brigas públicas, ou que maltratasse uma criança. Ele deveria ser cortês, e suave, educado, culto, e de boa aparência. O gentleman deveria ceder seu lugar à mulheres e idosos, tirar o chapéu em respeito às damas, ter uma postura firme e não demonstrar demasiada preocupação ou pressa. Não deveria expor suas inquietações e desavenças, não deveria falar sobre o caráter de quem quer fosse fora de sua casa e apenas à amigos íntimos, o gentleman deveria estudar a ciência, a saúde, a história, possuir destreza e sabedoria, ter conhecimento de artes, música, cultura e política. Deveria ser criado para obediência irrevogável aos pais e respeito aos mais velhos. Antes de tudo era preciso pensar, estudar.  Sua educação era baseada no princípio deixar fazer, deixar passar e o mundo marcha sozinho, em outras palavras, deixar que desde cedo ele aprenda não pela força ou pela proibição, mas pelo entendimento de que sua ações possuem reações, era algo como explicar o que não deve ser feito e o porquê, e caso ele faça deixar que as conseqüências que ele venha a sofrer, o ensine que não deve fazer de novo, que outra vez ele deve pensar, ouvir, ser instruído antes de agir. É o conceito do pequeno adulto que as crianças aprenderiam desde cedo, mesmo em seu processo de infância, mesmo com sua natural curiosidade e vontade de tudo. Aprender a esperar, aprender a acalmar, a conter seus impulsos e emoções fálicas, aprender a agir, aprender a falar, a calar, a ouvir, “um conceito de quase perfeição”. O gentleman era orientado desde o que vestir ao que dizer, ao que querer. E esse processo faz parte de uma estética, de uma conceituação do que é belo a uma negação comum “padrão” do que deixa de ser belo, do que se torna feio, do que cai em desuso. O gentleman é uma atualização de tudo que é bom, ser gentleman também é um hábito.

By:  M. Oliveira

*Esse foi um dos artigos apresentados e escritos por mim, para uma prova da cadeira de Estudos socio historicos da educação do meu curso na faculdade, licenciatura em música.

Manuh também é cultura..

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

Processo cívico de difusão da educação desde a Igreja  ao Estado

A Igreja foi durante muito tempo, a grande detentora do poder que reside no saber e ensinar.  Legitimando assim, sua hegemonia no processo de ensino da população e da formação cívica. Um ensino sempre baseado na fé, na moral e nos bons costumes, os quais eram por ela mesma, ditados e determinados.  A nobreza, detentora do direito do saber e do pensar, começava através da burguesia em ascensão pelo comércio e de suas necessidades de um estado que a legitimasse e defendesse, a lutar por um estado que tomasse da Igreja esse monopólio da educação, que se responsabilizasse pela educação e pelo ensino, tirando da sociedade a “autorização do instinto [selvagem]” e a fizesse compreender e escolher um “auto-controle imposto”, que com o hábito viraria padrão, dessa mesma já citada nova noção de civilidade. Era algo como uma convenção de costumes de classes, que serviria tanto para distinguir ricos de pobres, como legitimar pela aceitação de ambos, seus lugares na sociedade. Um pobre deveria aprender a não comer com as mãos, o rico deveria aprender a usar talheres, e alguém mais rico a refinar esse processo. O pobre deveria saber que botões eram artigo de luxo, e que ainda que achasse botões pela rua, não deveria colocá-los em suas roupas, por não ter a condição social imposta que usar botões requeria. Assim como um rico deveria saber que, não deveria ir às tabernas beber do mesmo vinho que seus empregados. Foi-se criando uma noção de classes mais visível e mais respeitada por ambas as partes. E isso não seria algo exigido e conseguido pelo uso de poder, pelo uso de força, mas pelo uso de entendimento, e a partir do momento que se percebeu que o entendimento era muito mais funcional através de uma educação pensada para esse entendimento, pôde-se concluir que o ensino, o saber, não só aceleraria o processo de civilização, como legitimaria de uma forma mais explícita essa necessidade de distinção das classes. O que deveria e o que não deveria ser feito, não deveria ser um padrão para o cidadão e sim um padrão para as classes. A educação deveria ser pensada de acordo com as necessidades daqueles que a aprenderiam.

Muitos pensadores defenderam que a educação não deveria ser a mesma para todas as classes. Aos pobres o saber básico. O que ele vai precisar saber pra ter um ofício e bons modos, pra que ele seja um indivíduo dentro de uma sociedade, pra que ele tenha a chance de crescer dentro de sua classe, pelo seu trabalho, assim quem trabalha mais, tem mais, mas que mesmo assim, um pobre iletrado, “incapaz” de saberes ou aptidões além, não precisaria aprender o mesmo que um nobre cuja noção de educação básica já não satisfaria, visto que essa educação primordial, já viera com ele em seu berço. Um nobre aprenderia mais, sobre arte, sobre música, sobre ciência. A ele caberia viajar e trocar experiências, caberia ler livros de conteúdos vastos, conviver com outros iguais a ele e dispor de um crescimento e ascensão tanto em status quanto em condição, quem sabia mais, fazia mais, tinha mais.

A razão deveria ser o centro da sociedade. O estado deveria ser o detentor do ensino, da educação, e da civilidade, e o responsável pelo acontecimento de todos estes. A nobreza deveria ditar agora as regras da moral e dos bons costumes. Caberia a Igreja reafirmar e lutar pelo ideal da fé Cristã, e caberia aos cidadãos serem conhecedores de seus direitos e deveres. A eles caberia saber que sua liberdade agora era controlada, e que isso era bom, que não mais poderia por ignorância agredir a liberdade do outro impunemente, e que isso não tiraria sua própria liberdade, que o asseguraria que outro não invadiria sua liberdade. Era pontuada a questão dos bons modos, que cada um soubesse o que sua classe social lhe pedia e o que lhe dava. Que passava a ser dever do estado proporcionar a educação, e direito do estado ditar suas regras. Que passava a ser direito da sociedade ter acesso ao ensino e dever dela saber usar essa educação.

By:  M. Oliveira

*Esse foi um dos artigos apresentados e escritos por mim, para uma prova da cadeira de Estudos socio historicos da educação do meu curso na faculdade, licenciatura em música.

”I’m sorry baby..” [foi mais forte que eu]

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

Pra bom entendedor, meia palavra basta, hahahah

Gosto mesmo…

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

Eu nunca achei que ninguém devesse pedir perdão por se apaixonar por alguém. mas já fiz. uma vez pra nunca mais. Nunca achei que uma coisa tão bonita e gostosa como se apaixonar, pudesse trazer desconforto, inclusive, me apaixonaria mais vezes se pudesse.

Eu sempre faria alguma coisa..

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

Estava em meu quarto com minha vida sem graça, tinha uma estranha vontade de tomar sorvete de flocos com calda de caramelo, achei que poderia esperar. Eram uma e doze da madrugada, e eu me aborrecia com o fato de não vender cobertura de caramelo em farmácias que vendem sorvete. Aborrecia-me com o som que se jogava ao chão a cada lombada, pensava em quão feia essa palavra soava se dita pela segunda vez. Comprei o sorvete e a cobertura no supermercado 24 hrs do outro bairro e no caminho de volta pra casa me perguntava onde estava aquela pontinha de alegria que as pessoas sentem ao conseguir o que querem? Por que eu definitivamente não estava feliz! Em casa, tomei o sorvete por tomar, peguei o final de algum filme feliz, e isso me irritou [sempre me irrita], desliguei a TV e procurei o despertador no escuro pensando na agonia da igualdade que se tornou esperar por um dia após o outro, e no quanto isso me cansa. Houve uma lágrima em meu rosto adormecido se debatendo pra que eu a sentisse caminhando em minha pele, eu a toquei como a um cristal que escorregava em minhas mãos, com um medo, uma ânsia, como um desejo talvez, que se espatifaria á minha frente. A vida se quebraria em partes, eu teimaria em seguir em frente? Eu faria alguma coisa, eu talvez faria alguma coisa.

 

By:   M. Oliveira

Edmund TWO

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

“Foi um grande erro ter nascido homem! Teria sido muito mais feliz como…um peixe, ou uma gaivota!!

Assim, serei sempre um estranho, que nunca se sente em casa, que não quer realmente a ninguém- e a quem, em troca, ninguém quer!

– que nunca está onde deveria estar, e que vive continuamente um tanto quanto enamorado da morte!”

(Eugebe O’Neill – Longa jornada noite a dentro)

INTRODUZA o título aqui

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

Eu queria te comer! é.  Agora, se fosse depois eu teria dito que “depois eu quero te comer”. Você tá atrasada pro trabalho, entendo. Então depois eu quero te comer. Sim, eu havia dito “agora”, mas você disse que agora não podia, por isso eu disse depois, foi só isso. Ah.. você não disse que não podia agora, e sim que tava atrasada pro trabalho? Então você pode agora?! Desde aquela hora?
…  barulho de coisas quebrando]

By: Alter ego [M. Oliveira]

Vivendo e aprendendo.

dezembro 29, 2010 § Deixe um comentário

Nunca gostei muito de desenhos animados. Me pergunte dos filmes da Dysnei que já vi e provavelmente te listarei rei leão e a bela e fera. Porém de uns tempos pra cá e por influências outras venho redescobrindo o desenho animado e descobrindo que sim, gosto muito deles. Geralmente são leves e divertidos e sempre contém frases que todos nós deveríamos levar para as nossas vidas. A sabedoria eu descobri, está nos filmes de criança.. Duas frases que gosto muito e que li vendo Bolt o super cão, filme muito, muito, muito engraçado, por sinal, são essas aqui, descrevem de fato, coisas que sinto por vezes, pensamentos que também são meus… =]

“eles são assim sabia, agem como se te amassem, como se ficariam sempre com você, mas um dia fazem as malas, vão embora levando o amor junto e deixam para trás uma gata sem unhas para se defender! eles a deixam se perguntando o que fez de errado…”
Mittens – bolt o super cão

“acredite já vi isso um milhão de vezes antes. no frio da noite escura anterior à batalha, quando as malignas presas de aço já estão afiadas e envenenadas, o herói precisa encarar seu maior desafio sozinho. mas se aprendi algo com o bolt foi que nunca se abandona um amigo em apuros, quando seu colega está encrencado, você vai, quer peçam ou não, você vai. sem saber se voltará vivo ou morto… você vai! sabendo que o estilhaços rasgarão a sua pele, você vai!”
Rhino – bolt o super cão

By: M. Oliveira